VASCÃO BI-CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA 1977Vasco 2 x 0 Botafogo - 1977
Competição: Campeonato Carioca
Local: Maracanã
Data: 29/05/1977
Destaque: Vasco é bi da Taça Guanabara
Competição: Campeonato Carioca
Local: Maracanã
Data: 29/05/1977
Destaque: Vasco é bi da Taça Guanabara
A torcida do Botafogo abandonava o Maracanã, começava a festa do Vasco.
Aos 40 minutos do segundo tempo, a torcida do Vasco havia transformado mais da metade do Maracanã numa gigantesca manifestação carnavalesca. A alegria da multidão chegava ao paroxismo, que começou a se esboçar dez minutos antes, quando Roberto fez o gol que consolidava a vitória. Ao gol seguiu-se o espetáculo: milhares de mãos se ergueram e se somaram para abrir e sustentar uma faixa de mais de cem metros de comprimento por três de altura, com a gigantesca inscrição: "Vasco, bicampeão".
Foram dez minutos no paciente trabalho de abertura da faixa que ocultava a visão do campo. Mas, àquela altura, não era preciso ver mais nada: o jogo estava sendo sentido com o coração e com os lábios, dos quais se desprendia um coro afinado, de impressionante harmonia: "Ôôô/ ôôô/ ôôô/ Vascô!" A partir daí, até o final, esse coro se confundia com um cântico que reclamava o fim do jogo para que a torcida pudesse dedicar-se integralmente à festa: "Ai, ai, ai, ai/ Está chegando a hora..."
E não foi a torcida do Vasco quem tomou a iniciativa na guerra de coros e de outras manifestações. Aguerrida, confiante, a torcida do Botafogo enfeitou uma parte das arquibancadas, atrás do gol, com milhares de bolas brancas. E em coro, gritava: "É campeão!"
Mas foi em silêncio que o estádio assistiu ao ínicio do jogo, nervoso como em toda decisão. O Vasco atraía o Botafogo, jogava em contra-ataque. Logo aos 15, a primeira chance. Roberto chegou atrasado. Aos 26, foi Dé que, sozinho, diante de Mazarópi, chutou em cima do goleiro. As torcidas se agitaram.
Veio o segundo tempo, a surpresa. O Vasco mudou, passou a marcar a saída de bola. Bastava o empate, Fantoni queria a vitória. Ela começou logo aos dois minutos. Orlando centrou, Roberto escorou: 1 x 0. O Botafogo entrou no desespero. Daí para a frente, só deu Vasco.
O segundo gol pintou aos 4: Orlando chutou, Zé Carlos espalmou. Pintou aos 9: Marco Antônio chutou, Zé Carlos espalmou. Aconteceu aos 31: o Botafogo foi todo à frente, Zanata lançou Roberto, que avançou, dribou Perivaldo e Osmar e fuzilou: 2 x 0.
A torcida do Botafogo abandonava o Maracanã, começava a festa do Vasco, bicampeão com o ataque mais positivo, a defesa menos vazada, o artilheiro do primeiro turno. Nos vestiários do Botafogo - que acabou perdendo o vice para o Flamengo - Manfrini só lamentava: "Para ser campeão, um time precisa ter coração.
Foram dez minutos no paciente trabalho de abertura da faixa que ocultava a visão do campo. Mas, àquela altura, não era preciso ver mais nada: o jogo estava sendo sentido com o coração e com os lábios, dos quais se desprendia um coro afinado, de impressionante harmonia: "Ôôô/ ôôô/ ôôô/ Vascô!" A partir daí, até o final, esse coro se confundia com um cântico que reclamava o fim do jogo para que a torcida pudesse dedicar-se integralmente à festa: "Ai, ai, ai, ai/ Está chegando a hora..."
E não foi a torcida do Vasco quem tomou a iniciativa na guerra de coros e de outras manifestações. Aguerrida, confiante, a torcida do Botafogo enfeitou uma parte das arquibancadas, atrás do gol, com milhares de bolas brancas. E em coro, gritava: "É campeão!"
Mas foi em silêncio que o estádio assistiu ao ínicio do jogo, nervoso como em toda decisão. O Vasco atraía o Botafogo, jogava em contra-ataque. Logo aos 15, a primeira chance. Roberto chegou atrasado. Aos 26, foi Dé que, sozinho, diante de Mazarópi, chutou em cima do goleiro. As torcidas se agitaram.
Veio o segundo tempo, a surpresa. O Vasco mudou, passou a marcar a saída de bola. Bastava o empate, Fantoni queria a vitória. Ela começou logo aos dois minutos. Orlando centrou, Roberto escorou: 1 x 0. O Botafogo entrou no desespero. Daí para a frente, só deu Vasco.
O segundo gol pintou aos 4: Orlando chutou, Zé Carlos espalmou. Pintou aos 9: Marco Antônio chutou, Zé Carlos espalmou. Aconteceu aos 31: o Botafogo foi todo à frente, Zanata lançou Roberto, que avançou, dribou Perivaldo e Osmar e fuzilou: 2 x 0.
A torcida do Botafogo abandonava o Maracanã, começava a festa do Vasco, bicampeão com o ataque mais positivo, a defesa menos vazada, o artilheiro do primeiro turno. Nos vestiários do Botafogo - que acabou perdendo o vice para o Flamengo - Manfrini só lamentava: "Para ser campeão, um time precisa ter coração.
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